31 de Dezembro de 2002: Rolls Royce e Bentley foram separadas
Ao fim de um casamento de 71 anos a Rolls Royce e a Bentley separaram-se. A história da Rolls Royce nasceu do encontro entre Charles Royce e o construtor Henry Royce no Midland Hotel, em Manchester. O homem de negócios ficou impressionado com os automóveis de Henry Royce e comprometeu-se a vender todos quantos pudessem ser produzidos. Foi o início da Rolls Royce, fundada em 15 de Março de 1906.
Estes sucessos não foram suficientes para garantir a viabilidade de uma marca que não resistiu à crise económica da Grande Depressão e entrou em falência, sendo comprada pela Rolls Royce. Com o passar do tempo, a produção das duas marcas acabou por se confundir a nível mecânico e até na imagem.
Na década de 70 a separação entre o sector automóvel e aeronáutico da Rolls Royce abriu as portas para a Vickers adquirir as duas marcas em 1980. Nessa altura, foi evidente o esforço para recuperar a imagem da Bentley, autonomizando-a da Rolls Royce. Mas a rentabilidade continuou longe do pretendido e em 1997 a Vickers anunciou que as marcas estavam à venda.
Um acordo entre a marca de Munique e a de Wolfsburgo estabeleceu que, entre 1998 e 31 de Dezembro de 2002, a BMW continuaria a fornecer os motores que já equipavam os Rolls Royce e a Volkswagen continuaria a gerir as duas marcas até ao final desse contrato. Por isso, no último dia de 2002, as duas marcas separaram-se definitivamente. A Bentley permaneceu nas antigas instalações de Crewe, sob a égide do Grupo VW, e a BMW construiu novas e modernas instalações em Goodwood.